domingo, 31 de agosto de 2008

Cagões R'Us

Eu cago, tu cagas, ele caga... cagar é humano. É uma necessidade básica, e por isso ninguém deve ser gozado por isso. Mas, felizmente, há sempre excepções! Há pessoas que... digamos... se sentem demasiado à vontade com essa necessidade e parece que fazem questão em tornar públicas as suas habilidades intestinais. É a essas criaturas corajosas que dedico este texto. Seleccionei para o efeito um caso verídico a que tive a "sorte" de testemunhar. Já não é a primeira vez que tenho o "privilégio" de assistir ao vivo a manifestações deste tipo e presumo que também não será a última. Digo isto porque, na casa-de-banho pública do parque de campismo onde passo férias todos os anos, ocorrem frequentemente episódios de rituais grotestos de toda a espécie (alguns deles verdadeiramente assustadores!) Desde homens que soltam gases como se não houvesse amanhã, passando por outros que se barbeiam num único movimento ascendente do escroto ao pescoço. Não esquecendo, claro, aqueles que se escarram com tanta violência que quase se vomitam todos. Enfim... acho que já deu para ter uma ideia da riqueza sócio-cultural deste espaço. Mas não me posso despedir sem antes partilhar convosco o melhor momento do Verão 2008: Estava a lavar os dentes depois de ter tomado o pequeno-almoço, quando um homem com cerca de 40 anos, aparentemente inofensivo, entrou na casa-de-banho com um rolo de papel higiénico na mão. Passou por mim calmamente e fez questão de me dizer "bom-dia", ao qual respondi com naturalidade. Pensei que se tratasse apenas de um cagão normal a caminho de satisfazer a sua inocente necessidade. Mas não! Este não era um "homem" normal. Tratava-se de um ser poderosíssimo, que se preparava para protagonizar uma cena capaz de inferiorizar os mais comuns dos cagões. Por debaixo de uma aparência enganadora de um homem de meia-idade, escondiam-se as entranhas mais podres do sistema-solar e arredores. É impossível descrever por palavras o poder destrutivo dos intestinos daquele ser. No curto espaço de 1 minuto, este artista foi capaz de me dizer "bom-dia", partir a loiça toda no meio de grunhidos indescritíveis, limpar o cú (espero eu!), puxar o autoclismo (pelo menos é educado) e dizer-me até logo com um sorriso nos lábios. E pela cara que fez quando se despediu, presumo que estava bastante orgulhoso da sua prestação. Por razões óbvias, e apesar de admirar o seu poder, desejei não me cruzar com ele até acabar o fim-de-semana. E, felizmente, foi mesmo isso que aconteceu. Desapareceu tão depressa e misteriosamente como se deu a conhecer naquele minuto. O mesmo não posso dizer do rasto de cheiro a merda que deixou na casa-de-banho. Esse deve ter durado muito mais do que 1 minuto! De uma coisa podem ter a certeza: eu é que não fiquei lá a cronometrar...

2 Únicos comentários disponíveis::

Anónimo disse...

Tens de me dizer o nome desse parque. Não quero morrer e passar perder um fim de semana desses.

Hugo disse...

Se eu disser o nome do parque, arrisco-me a pôr em causa o seu misticismo. É melhor mantê-lo no anonimato. Pelo menos até eu achar que o mundo está preparado para a sua glória ;)