domingo, 21 de dezembro de 2008
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Lost in translation
Numa visita a uma oficina onde eram concebidos tamancos de madeira - calçado característico do país e que é, incrivelmente, um excelente isolador térmico - o artesão, de vestimenta rural, começa a explicar todo o processo.
Parecia uma conferencia de imprensa daquelas apresentações de um jogador de futebol, tantos eram os flashs. (Este aparte parece um pouco despropositado mas não é, pois toda a gente sabe que a palavra flash está associada a um único povo...)
O simpatico artesão explicou tudo num inglês perfeito, num francês perfeito e em mandarim - ou cantonês -, para mim, mais do que perfeito! E foi nesta altura que se ouviu um "bruaaa" no atelier. Quando o rosado holandês começa a explicar o método naquela lingua, a maior parte dos braços presentes fizeram descer as cameras e mostrar a cara dos sujeitos pela primeira vez. Eram pequenos chineses! A surpresa deles foi grande e lá começaram a acenar positivamente a cabeça a cada palavra do artesão, como quem diz: "sim, sim, é assim que se diz, sim, sim, boa, boa, ahhh, fixe, sim (agora imaginem chineses a fazer isto com movimentos chineses.)
E este acontecimento, naquele mesmo instante, fez transportar o rapaz portugues para uma situação paralela:
Era uma vez uma fábrica de calçado em Sta Maria da Feira. O operário de farda azul violeta, alto e com um tique de cabelo, explica a uma cambada de turistas, ao ritmo de flashs, como se fazem sapatos em Portugal. Finaliza após 2 minutos de conversa com uma mão na anca:
- "Está percebido?"
Dois jovens portugueses dizem que sim, oito ocidentais mostram cara de surpresa e os flashs continuam a disparar...
Parecia uma conferencia de imprensa daquelas apresentações de um jogador de futebol, tantos eram os flashs. (Este aparte parece um pouco despropositado mas não é, pois toda a gente sabe que a palavra flash está associada a um único povo...)
O simpatico artesão explicou tudo num inglês perfeito, num francês perfeito e em mandarim - ou cantonês -, para mim, mais do que perfeito! E foi nesta altura que se ouviu um "bruaaa" no atelier. Quando o rosado holandês começa a explicar o método naquela lingua, a maior parte dos braços presentes fizeram descer as cameras e mostrar a cara dos sujeitos pela primeira vez. Eram pequenos chineses! A surpresa deles foi grande e lá começaram a acenar positivamente a cabeça a cada palavra do artesão, como quem diz: "sim, sim, é assim que se diz, sim, sim, boa, boa, ahhh, fixe, sim (agora imaginem chineses a fazer isto com movimentos chineses.)
E este acontecimento, naquele mesmo instante, fez transportar o rapaz portugues para uma situação paralela:
Era uma vez uma fábrica de calçado em Sta Maria da Feira. O operário de farda azul violeta, alto e com um tique de cabelo, explica a uma cambada de turistas, ao ritmo de flashs, como se fazem sapatos em Portugal. Finaliza após 2 minutos de conversa com uma mão na anca:
- "Está percebido?"
Dois jovens portugueses dizem que sim, oito ocidentais mostram cara de surpresa e os flashs continuam a disparar...
O casal francês
Amesterdão, 9:30 da manhã
O casal português sobe as escadas do autocarro. Cumprimentam a guia.
Olham para as entranhas da viatura procurando um lugar para se acomodarem, acenam simpaticamente para os restantes turistas e sentam-se.
Pouco tempo depois, o motorista põe em andamento 10 chineses, 5 singapureanos, 2 americanos, 2 mexicanas e 2 portugueses. E um casal francês.
A guia pega no microfone e pergunta se todos percebem inglês. Todos percebem. O casal francês diz que não.
A guia começa então o trabalho dela - guiar os turistas pela historia do país - em inglês.
A guia repete então o trabalho dela - guiar o casal francês pela historia do país - em francês.
O casal francês começa então o trabalho deles - serem franceses - e começam a dormir um para cada lado!
A guia continuou o trabalho dela em inglês. E em francês.
O casal francês continuou a dormir.
Os outros continuaram a fazer o papel de turistas e houve um que contou a história mais tarde, no mesmo dia em que leu um artigo sobre "chauvinismo"...
O casal português sobe as escadas do autocarro. Cumprimentam a guia.
Olham para as entranhas da viatura procurando um lugar para se acomodarem, acenam simpaticamente para os restantes turistas e sentam-se.
Pouco tempo depois, o motorista põe em andamento 10 chineses, 5 singapureanos, 2 americanos, 2 mexicanas e 2 portugueses. E um casal francês.
A guia pega no microfone e pergunta se todos percebem inglês. Todos percebem. O casal francês diz que não.
A guia começa então o trabalho dela - guiar os turistas pela historia do país - em inglês.
A guia repete então o trabalho dela - guiar o casal francês pela historia do país - em francês.
O casal francês começa então o trabalho deles - serem franceses - e começam a dormir um para cada lado!
A guia continuou o trabalho dela em inglês. E em francês.
O casal francês continuou a dormir.
Os outros continuaram a fazer o papel de turistas e houve um que contou a história mais tarde, no mesmo dia em que leu um artigo sobre "chauvinismo"...
sábado, 13 de dezembro de 2008
Mais ou menos um
Existem 100 milhões de blogs e este é mais um
mas não é mais um qualquer, é um bem me quer.
Bem me quer pois mal não quer e se muitos são
muito bons, este não é mau de todo.
Enfim, Unico Nome de Blog Disponível e ainda
bem que não havia outro,
senão já não era o mesmo.
mas não é mais um qualquer, é um bem me quer.
Bem me quer pois mal não quer e se muitos são
muito bons, este não é mau de todo.
Enfim, Unico Nome de Blog Disponível e ainda
bem que não havia outro,
senão já não era o mesmo.
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